RESIDÊNCIA ARTÍSTICA E DE PESQUISA PAULO GAIAD

As residências artísticas são programas disponibilizados por instituições e/ou espaços culturais para artistas trabalharem em suas pesquisas por um período determinado de tempo. Dentre os objetivos de uma residência, destaca-se a criação de oportunidades para artistas experimentarem, refletirem, e criarem produções em arte, de sua própria pesquisa ou sobre algum outro tema específico, funcionando como um ateliê mutável/temporário. Nas residências, releva-se também a característica de colaboração, visto que podem ser realizados processos de curadoria, orientação, palestras, oficinas, exposições, publicações; entre os/as próprios artistas, e com os/as curadores/as e/ou orientadores/as, e com o próprio espaço em que a residência acontece. Podendo assim, contribuir para o campo do conhecimento e circuito de arte contemporânea.

Durante o mês de maio de 2024, os cinco artistas, Bruna Granucci, Lucas Speranza, Marta Facco, Tauan Gon e William da Silva contemplados na chamada pública “Residência Artística e de Pesquisa Paulo Gaiad” vivenciaram o espaço do Acervo artístico Paulo Gaiad, um dos únicos espaços culturais expositivos de artes visuais localizado no sul da ilha de Florianópolis onde se encontram grande parte das obras do artista (mais de 700 obras) e sua antiga coleção de obras de artistas de renome nacional (como Tunga, Ricardo Basbaum, Guto Paz, Edith Derdyk, Artigas, entre outros). O Acervo foi reconstruído no antigo ateliê de Paulo Gaiad, último local de residência do artista. No espaço, em conjunto com suas centenas de obras de diversas linguagens artísticas (pinturas, fotografias, colagens, escritas e técnicas mistas) encontram-se valiosos arquivos e documentos sobre a história da arte brasileira, livros, textos, revistas e um epistolário entre o artista e seus pares internacionais, além de importantes críticos de arte. Assim, o AAPG se constitui como esse conjunto de arquivos-acontecimentos-artes que surge primeiramente a partir das contribuições criativas, processuais, artísticas, intelectuais deixadas por Gaiad em 2016, e que, através da iniciativa de historiadores/as e professores/as por meio de projetos de incentivo público (onde jovens artistas e pesquisadores/as colaboraram para a criação/manutenção/divulgação), tornou-se possível abrir um espaço para formação cultural na região.

Com o intuito de continuar esse processo de investigação e pesquisa, a CHAMADA PÚBLICA teve como objetivo dar suporte a artistas visuais de Florianópolis e região, proporcionando um espaço de trabalho e produção artística no AAPG, além de servir como um espaço de inspiração e como fonte de interlocução artística intercontextual.

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